A Criação do Estado de Israel na Palestina: Uma Visão Histórica
- D´CliqueS

- 20 de fev. de 2024
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A Fundação Controversa de Israel na Palestina: Uma Análise Histórica

A história da fundação do Estado de Israel na Palestina é complexa e profundamente enraizada em questões políticas, étnicas, religiosas e territoriais. O estabelecimento de Israel como um Estado independente em 1948 desencadeou uma série de eventos que moldaram a paisagem geopolítica do Oriente Médio até os dias atuais.
Antecedentes Históricos:
O movimento sionista, que defendia o retorno dos judeus à sua terra ancestral, ganhou força no final do século XIX, impulsionado em parte pelos crescentes casos de antissemitismo na Europa. Theodor Herzl, considerado o pai do sionismo político, liderou os esforços para o estabelecimento de um Estado judeu na Palestina, então parte do Império Otomano.
Durante a Primeira Guerra Mundial, o Império Otomano entrou em colapso e a Palestina foi ocupada pelas forças britânicas. Sob o mandato britânico, estabelecido pela Liga das Nações em 1920, a imigração judaica para a Palestina aumentou significativamente, aumentando as tensões entre judeus e árabes locais.
Partilha da Palestina:
Em 1947, a ONU propôs um plano de partilha da Palestina, que dividiria o território em dois estados independentes, um judeu e um árabe, com Jerusalém sob controle internacional. Os líderes sionistas aceitaram o plano, enquanto os líderes árabes o rejeitaram, alegando que era injusto e violava os direitos dos palestinos nativos.
Declaração de Independência e Guerra de 1948:
Em 14 de maio de 1948, David Ben-Gurion proclamou a independência do Estado de Israel, desencadeando imediatamente uma guerra entre as forças judaicas e os países árabes vizinhos, que se opunham à criação de Israel. O conflito resultou na fuga e expulsão de centenas de milhares de árabes palestinos, conhecidos como Nakba (catástrofe), um evento traumático que ainda ressoa na consciência coletiva palestina.
Reconhecimento Internacional e Consolidação do Estado:
Após a Guerra de 1948, Israel consolidou seu controle sobre a maior parte do território proposto pela ONU, enquanto a Jordânia e o Egito ocuparam a Cisjordânia e a Faixa de Gaza, respectivamente. Nas décadas seguintes, Israel expandiu suas fronteiras por meio de guerras e ocupações, incluindo a Guerra dos Seis Dias em 1967, quando capturou Jerusalém Oriental, a Faixa de Gaza, a Cisjordânia e os Montes Golã.
Desafios para a Paz e a Questão Palestina:
A questão palestina tornou-se uma das questões mais intratáveis da política internacional, com décadas de esforços diplomáticos e tentativas de resolução do conflito falhando em alcançar uma paz duradoura. A construção de assentamentos judaicos na Cisjordânia continua a ser um ponto de discórdia entre Israel e a comunidade internacional, enquanto o bloqueio de Gaza e a fragmentação do território palestino minam os esforços para a criação de um estado palestino viável.
Perspectivas Futuras:
O conflito israelense-palestino permanece como uma das questões mais urgentes e complicadas da política mundial, com as perspectivas de uma solução de dois estados se tornando cada vez mais incertas. A busca por uma paz justa e duradoura na região continua a desafiar líderes e diplomatas de todo o mundo.
Fontes:
United Nations. "Resolution 181 (II). Future Government of Palestine."
Morris, Benny. "The Birth of the Palestinian Refugee Problem Revisited." Cambridge University Press, 2004.
Shlaim, Avi. "The Iron Wall: Israel and the Arab World." W. W. Norton & Company, 2014.
Rashid Khalidi. "The Hundred Years' War on Palestine: A History of Settler Colonialism and Resistance, 1917–2017." Metropolitan Books, 2020.
Este artigo busca fornecer uma visão geral da criação do Estado de Israel na Palestina e não pretende ser uma análise completa de todas as nuances históricas e políticas envolvidas no conflito. Para uma compreensão mais profunda, recomenda-se consultar fontes adicionais e diversas perspectivas acadêmicas e políticas.






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