FIM DE ANO TRÁGICO: Três Histórias de Horror e o Recorde da Violência de Gênero no Brasil
- D´CliqueS

- 2 de dez.
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FIM DE ANO TRÁGICO: Três Histórias de Horror e o Recorde da Violência de Gênero no Brasil
Dezembro de 2025. Enquanto o Brasil se prepara para as festividades de fim de ano, os noticiários são dominados por tragédias que sublinham o ano de recordes de violência contra a mulher. Os casos de Taynara Souza Santos, Isabele Gomes de Macedo e Evelin Souza Saraiva, espalhados por diferentes estados, são um lembrete cruel do preço pago pelo ódio e pelo sentimento de posse de homens contra suas companheiras e ex-companheiras.
Caso Taynara: A Tentativa de Feminicídio que Amputou Sonhos
Taynara Souza Santos, de 31 anos, virou manchete no final deste ano com uma história de sobrevivência brutal.
O Crime
Em São Paulo, na Marginal Tietê, seu ex-namorado, Douglas Alves da Silva, a atropelou propositalmente. O agressor demonstrou crueldade extrema ao arrastá-la por mais de um quilômetro, motivado por ciúmes.
O Preço da Violência
Taynara sofreu ferimentos gravíssimos que resultaram na amputação de suas duas pernas. Douglas foi preso e está sendo investigado por tentativa de feminicídio qualificado.
Caso Isabele Gomes: Uma Família Consumida pelo Ódio e pelo Fogo (Feminicídio Múltiplo)
O caso de Isabele Gomes de Macedo, de 40 anos, revelou a face mais devastadora da violência doméstica.
O Crime
Em um ato de vingança e fúria, o marido de Isabele e pai de seus quatro filhos teria ateado fogo à residência da família, em Recife (PE). Isabele e as crianças – uma menina e três meninos – morreram carbonizados.
O Alerta Ignorado
A tragédia foi o ponto final de um histórico de violência doméstica e ameaças. O marido e agressor está preso e será responsabilizado por feminicídio e homicídio qualificado múltiplo.
Caso Evelin Souza Saraiva: Alvejada por Não Querer Voltar (Tentativa de Feminicídio)
Evelin Souza Saraiva foi atacada em seu local de trabalho, reforçando o fato de que a violência de gênero não tem hora nem lugar.
O Crime
O ex-companheiro de Evelin, identificado como Bruno, invadiu a pastelaria onde ela trabalhava em São
Paulo e a alvejou com diversos disparos.
O Desfecho
Evelin sobreviveu, mas ficou gravemente ferida. O agressor está foragido, e seu crime é tratado como tentativa de feminicídio, um alerta sobre o risco que mulheres correm ao tentar seguir com suas vidas.
📈 Dados Alarmantes: O Feminicídio no Brasil Bate Recorde em 2025 (Dados Parciais)
Embora os dados consolidados do ano de 2025 só sejam publicados em sua totalidade no próximo ano, as estatísticas parciais já apontam para uma continuação da escalada da violência que marcou o período anterior.
Segundo monitoramentos realizados por fontes de segurança pública e ONGs até o final do terceiro trimestre de 2025, o Brasil caminha para o pior ano da série histórica de feminicídios, iniciada em 2015.
O Cenário de Violência em 2025
O ano de 2025 é definido pela triste marca da violência letal contra a mulher.
Os números parciais indicam que a frequência de feminicídios se manteve em patamares alarmantes, com uma média próxima ou superior a quatro mulheres assassinadas por dia em todo o território nacional. A grande maioria dessas mortes tem sido registrada dentro do ambiente doméstico, o local que deveria ser o mais seguro, mas que se revela o mais perigoso para as vítimas.
A tendência é que o número final de tentativas de feminicídio em 2025 ultrapasse os 4 mil casos anuais, o que representa um aumento contínuo em relação aos anos anteriores. Esse crescimento nas tentativas é um indicador claro de que a violência de gênero está se tornando mais frequente e mais brutal.
Um dos pontos mais críticos em 2025 é o descumprimento das Medidas Protetivas de Urgência (MPU). Milhares de mulheres que buscaram amparo legal e tinham a MPU deferida acabaram sendo vítimas fatais ou de tentativas de feminicídio. O fracasso na fiscalização dessas medidas e a impunidade dos agressores que as violam têm sido o tema central dos debates jurídicos e sociais.
A persistência da violência letal contra as mulheres negras é outro dado que não se alterou em 2025: elas continuam sendo as principais vítimas, representando a maioria dos casos registrados no país, o que expõe a intersecção de gênero e raça na violência brasileira.






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