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Cotas : Um Debate Aberto e Números Reveladores.

  • Foto do escritor: Zull Ramos
    Zull Ramos
  • 19 de nov. de 2024
  • 3 min de leitura
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O sistema de cotas nas universidades brasileiras tem sido um tema de intenso debate nos últimos anos. Instituído para promover a inclusão social e racial nas instituições de ensino superior, o sistema reserva um percentual de vagas para estudantes oriundos de escolas públicas e de grupos historicamente marginalizados, como negros, indígenas e pessoas com deficiência.


Mas como estão os números? Quem conclui mais o curso, os cotistas ou os não cotistas?


Um estudo recente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) trouxe dados importantes sobre o desempenho acadêmico dos estudantes cotistas. De acordo com o Censo da Educação Superior, os estudantes cotistas que ingressaram na educação superior federal há dez anos tiveram uma taxa de conclusão 10% maior do que os não cotistas entre 2014 e 2023.


Isso significa que, em média, os alunos que entraram na universidade por meio de cotas estão se formando em maior número do que aqueles que ingressaram pelo vestibular tradicional. No último ano, 51% dos cotistas da rede federal concluíram o curso, contra 41% dos não cotistas.

Mas como explicar esse resultado?


* Apoio institucional: As universidades têm desenvolvido programas de apoio específicos para os estudantes cotistas, como cursos de nivelamento, acompanhamento pedagógico e assistência financeira.


* Motivação: Os estudantes cotistas, em geral, possuem uma grande motivação para concluir o curso, visto que muitas vezes são os primeiros de suas famílias a ingressar no ensino superior.


* Resiliência: Os estudantes cotistas enfrentam desafios adicionais, como a adaptação a um novo ambiente social e cultural. No entanto, eles demonstram uma grande capacidade de resiliência e superação.


Os dados do Inep são um forte indicativo de que a política de cotas tem sido eficaz em promover a inclusão social e racial nas universidades brasileiras. Além de aumentar a diversidade nos campus, as cotas têm contribuído para a formação de profissionais mais qualificados e para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa e igualitária.


No entanto, o debate sobre as cotas ainda está longe de ser encerrado. Há quem defenda que o sistema deve ser revisto, enquanto outros argumentam que ele é fundamental para garantir o acesso de todos à educação superior.


Independentemente da posição de cada um, os dados mostram que as cotas têm sido uma ferramenta importante para promover a inclusão social e racial no Brasil.


O sistema de cotas tem sido um instrumento importante para promover inclusão social e igualdade de oportunidades no Brasil e no mundo. Diversas personalidades alcançaram sucesso e ocuparam cargos de destaque com o apoio de políticas de ações afirmativas. Aqui estão alguns exemplos:


Famosos que fizeram uso de cotas no Brasil


1. Djamila Ribeiro (Filosofia, USP)


História: Filósofa, escritora e ativista, Djamila ingressou na USP por meio do sistema de cotas raciais.


Cargos e Atuação: Tornou-se uma das vozes mais influentes no debate sobre feminismo negro no Brasil. É autora de obras premiadas, como Pequeno Manual Antirracista, e já foi secretária adjunta de Direitos Humanos em São Paulo.



2. Conceição Evaristo (Letras, UFF)


História: Escritora premiada e ativista, Conceição utilizou o sistema de cotas para cursar Letras na Universidade Federal Fluminense (UFF).


Cargos e Atuação: Sua obra se consolidou como um marco na literatura brasileira, abordando questões de raça, gênero e desigualdade social. Recebeu diversos prêmios literários e é referência acadêmica.



3. Douglas Belchior (História, PUC-SP)


História: Professor e ativista social, Douglas foi beneficiado por cotas na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP).


Cargos e Atuação: Fundador da Uneafro Brasil, uma organização de educação popular que apoia jovens negros e periféricos. Atua na política e no ativismo pelos direitos humanos.


Famosos que utilizaram cotas no mundo


1. Sonia Sotomayor (Direito, Princeton e Yale, EUA)


História: Filha de imigrantes porto-riquenhos, Sotomayor ingressou na Ivy League por meio de políticas de ação afirmativa nos Estados Unidos.


Cargos e Atuação: Atualmente, é juíza da Suprema Corte dos Estados Unidos, sendo a primeira mulher latina a ocupar esse cargo.



2. Barack Obama (Harvard, EUA)


História: Apesar de não ter sido beneficiário direto de cotas, Obama foi admitido em Harvard como parte de uma política de diversidade.


Cargos e Atuação: Foi o primeiro presidente negro dos Estados Unidos (2009–2017) e um dos maiores defensores de políticas inclusivas no país.



3. Kamala Harris (Howard University, EUA)


História: Vice-presidente dos EUA, Kamala frequentou Howard, uma universidade historicamente negra, que promove ações afirmativas para a comunidade afro-americana.


Cargos e Atuação: Atual vice-presidente dos EUA e ex-senadora da Califórnia. É a primeira mulher negra e de ascendência asiática a ocupar esse cargo.



Impacto e Relevância


As histórias dessas personalidades demonstram que o sistema de cotas é uma ferramenta essencial para abrir portas e transformar vidas. Os exemplos mostram como essas políticas podem criar líderes, intelectuais e figuras públicas que atuam para construir uma sociedade mais justa e igualitária.



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